Adeus JT

Não vou ser dissimulado. Moro no exterior há muitos anos. Não vou dizer a vocês que a primeira e última coisa que fazia ao chegar em São Paulo era comprar um exemplar do Jornal da Tarde. Seria uma mentira das mais escabrosas.

 

Entretanto, quando ainda vivia no Brasil, li bastante o Jornal, e gostava do seu jeito “light” de ser. Certamente bem mais light do que o Estadão, na época muito mais sério do que hoje. Parecia a diretora das minha escola, e seus temíveis óculos de lentes verdes.

 

O fato é que a morte de mais um jornal em São Paulo nos leva mais próximo da realidade – que logo logo, teremos no máximo uns dois jornais diários impressos em São Paulo. Não precisar dizer quais serão eles.

 

Hoje em dia, admito, leio jornais na Internet. Sou um dos pioneiros da internet comercial, e simplesmente me acostumei. Curto um jornal impresso. Ou seja, sou tão parte do problema, como da solução.

 

O mais curioso é que no dia em que circulou a última edição do JT, o site estadao.com.br não fez sequer menção da efeméride.

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